Tema da semana passada

Semana passada o tema da discussão foi o Projeto de Lei 1947/03, que “dispõe sobre a regulamentação do exercício das profissões de Analista de Sistemas e suas correlatas (…)”.

Discutimos, entre outras coisas, sobre o que é a regulamentação, como ela funciona em outras profissões, o papel dos Conselhos e as vantagens e desvantagens de regulamentar nosso setor.

Lembrando que, além do PL citado, existem outros arquivados ou em tramitação na Câmara e no Senado.

Outras opiniões interessantes sobre o assunto podem ser vistas aqui e aqui.

Em tempo: sou FAVORÁVEL à regulamentação, mas não da forma apresentada. Alguns pontos que devem ser considerados:

  • É necessário analisar cada especialidade separadamente. Querer regulamentar da mesma forma um DBA, um instrutor de informática básica e um perito forense é como igualar um neurocirurgião e um farmacêutico;
  • Como verificar a capacitação do profissional? A evolução das tecnologias em nossa área é muito dinâmica. Quem se formou em Matemática vai aplicar os mesmos conhecimentos daqui a 50 anos, mas quem se certifica em, por exemplo, CCNA não pode ficar sem atualização constante sob pena de não conseguir configurar um roteador daqui a 5 anos;
  • Como ficam os profissionais de outras áreas que fazem sistemas para uso próprio ou contribuem em projetos de software livre? Se Engenharia Civil fosse regulamentada da mesma forma que se pretende fazer com Informática, eu não poderia construir uma casinha de cachorro no fundo do quintal;
  • Oficialmente, a regulamentação serve para proteger a comunidade de maus profissionais, mas ninguém pode negar as consequências indiretas (boas ou não) como a proteção dos bons profissionais perante concorrência desqualificada, valorização salarial da classe e criação de mais uma estrutura financiada pela Governo (vale lembrar que Conselhos Regionais e Federais são Autarquias).